terça-feira, 15 de abril de 2025

 É muito estranho uma pessoa deixar de fazer parte, fisicamente,  da nossa vida. Assim, num "repente" não convivermos mais com ela. É claro que meu filho está em mim e sempre estará,  eu sou a mãe dele e sempre serei, mas ele não está mais aqui em casa, não faz mais parte do nosso dia a dia, a não ser nos nossos pensamentos. 

Mesmo sabendo que a vida é finita,  não estamos preparados para a morte, para a perda de alguém. E não nos resta outra opção,  temos que aceitar o fato e seguir. Com dor, com tristeza, com o vazio, com a saudade avassaladora,  mas seguir.

Eu não preciso de nada em específico para me lembrar do meu filho, ele está enraizado em mim.  Mas tudo aqui em casa nos remete a ele - vou lavar roupa, agora é só um pouquinho, não tem mais os lençóis, nem as toalhinhas de boca, nem as bermudas dele; Vou limpar a casa, é só passar um paninho no quarto e banheiro dele; vou dormir, não preciso mais ir até a cama dele; quando saio, não tenho mais limitação de horário. Estou aprendendo a viver sem meu Reizinho. Ainda escuto os sons dele. É, no mínimo,  estranho.

Eu posso falar de todo o coração  - cuidei do meu filho como ele merecia ser cuidado e o devolvi, com dignidade, ao Senhor. Ele não merecia uma vida tão limitada, realmente merecia o céu.  Isso acalma meu coração. Mas seguir a vida sem ele é como se a maior parte de mim fosse desintegrada do meu corpo. Estou incompleta e ainda desorientada. 

O Deus de toda a terra é o meu refúgio!

4 comentários:

  1. Anônimo12:03

    Nem consigo imaginar tamanha dor da sua saudade dele. 😪

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  2. Anônimo08:32

    This is so hard. The missing our loved ones never goes away. God give you comfort.

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    1. Yes, it's very difficult. Only God can comfort my heart.

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