Cada novo caso de ALD q chega ao meu conhecimento, bate uma tristeza e certa nostalgia.
Senti e sinto na pele o que é ter um filho saudável e de uma hora p/ outra, ter um filho "especial ".
Sei da não aceitação no início. E da grande esperança de que tudo não tenha passado de um equívoco, de um pesadelo e q vamos acordar e tudo vai estar normal de novo.
Conheço muito bem a busca incessante pela cura, seja na medicina, seja no mundo espiritual, simpatias, promessas, descarrego, guru, seja o que for, desde que a doença pare.
Sei bem que tudo muda. A leveza de outrora deixa de existir. Já não tem mais a alegria dos domingos em família, das datas comemorativas, das idas ao shopping.
A realidade é outra. Nua e crua. Um mundo novo, sombrio e assustador.
Antes, era bom lembrar do passado, dos sorrisos, brincadeiras, dia dos pais, dia das mães, dia das crianças. Agora, as lembranças trazem dor. É melhor abafá-las, deixá-las guardadinhas num cantinho do coração p/, vez ou outra, sozinha no banheiro, trazê-las à memória, num pranto de choro.
Sei que planos não fazem mais parte da nossa vida. Hoje, é possível viver um dia de cada vez, e ao final de cada dia, agradecer a Deus por que demos conta do recado.
Penso na aflição de cada mãe. Penso na aflição de cada pai. Gostaria muito de poupar cada família desse sofrimento, assim como eu gostaria de ter sido poupada.
Cada vez que busco a face de Deus em oração, apresento todas as famílias que vivem essa realidade tão sofrida. Que Ele nos envolva com Seu grandioso amor, possibilitando que sejamos felizes de novo!