Enfrentando a Adrenoleucodistrofia

"Adrenoleucodistrofia...o nome já é assustador! A doença, então, nem se fala. Ela pega pesado, doença cruel, usa de todas as armas p/ nos atacar.
Não posso nem dizer q vem de mansinho, no meu filho foi de uma rapidez avassaladora! Tirou tudo dele, deixou-o em uma cama, sem falar, sem sorrir, sem enxergar, sem se alimentar, sem interagir.
E não se cansa de nos destruir! Entra ano, sai ano, ela está ali, agindo, evoluindo, tirando a nossa paz, acabando com os nossos sonhos, deixando marcas profundas na nossa alma.
Eu odeio, com todas as minhas forças, essa doença! Eu a amaldiçoo!
É injusto! Não há nada que possa ser feito, a medicina está limitada, a ciência c/ toda tecnologia não pode fazer nada pelo meu filho!
Há 8 anos, não temos felicidade plena, não temos paz plena, cada dia é uma ameaça. Como será hoje, ele vai respirar tranquilo? O pulmão vai aguentar? Quantas vezes será aspirado? Vai dormir? E o meu coração vai suportar? Só vivendo um dia de cada vez para saber.
Olhando para o meu filho, encarando a realidade, sei que só um milagre pode trazê-lo de volta. Eu creio em milagre, por que creio em Jesus. Creio no sacrifício do calvário. É isso que me sustentou todo esse tempo e me sustenta hoje.
Não é fácil ter fé quando se enfrenta uma doença degenerativa. Há dias de desânimo, fraqueza, lágrimas. Mas, o Espírito que habita em mim, não me deixa esquecer que o Deus a quem eu sirvo tem poder para restaurar o que foi destruído.
Se a adrenoleucodistrofia usa todas as armas para tentar nos derrotar, eu uso a única arma que tenho em nosso favor - a fé em Jesus. Jamais, posso soltar das mãos dele. Sozinha, eu não daria conta. Sem Ele, eu não teria chegado até aqui. Sem Ele, é impossível continuar. Com Ele, consigo acreditar, entre dores e lágrimas, que posso vencer essa batalha."