Neste espaço, eu conto o dia-a-dia do Vinícius, um Reizinho muito lindo, que foi acometido por uma doença incurável pela medicina, a ALD - adrenoleucodistrofia, doença do filme "Óleo de Lorenzo", diagnosticada em julho/06, com quase 08 anos de idade. Neste tempo todo, ele está descansando, ora no seu trono, ora nos seus aposentos, por que, está impossibilitado de andar, de falar, de sorrir, mas, nada o impede de reinar.

Nós, eu, meu esposo, minha mãe, minhas irmãs, somos os seus súditos. Ele suspirou, já estamos ao seu redor, para lhe prestar os nossos serviços.

Mas, acima dele, há uma realeza maior - o Rei dos Reis - Jesus Cristo de Nazaré! Este sim, comanda nossas vidas.

E assim, vamos vivendo um dia por vez, fazendo o que está ao nosso alcance para o bem do Reizinho e nos curvando para servir o Rei maior!


terça-feira, 25 de março de 2025

Coisas que jamais esquecerei..

 Tiveram cenas muito marcantes, no dia do falecimento do meu Vini, no velório e no sepultamento. Eu as guardarei na minha mente e no meu coração. 

• Meu filho parando de respirar, perdendo o fôlego da vida, na nossa frente;

• Eu estava na sala, quando olhei para o quarto do meu Reizinho,  ele já estava coberto com um lençol;

• Depois da nossa oração,  Edinho colocando a mão no peito do Vini, disse - Pai, receba meu filho,  ele é tudo de mais precioso que temos;

• Minhas vizinhas vieram me abraçar e chorar comigo, depois foram para casa e voltaram com almoço para todos nós.  A todo momento, colocaram-se a nossa disposição;

• Na capela, quando chegou o caixão,  Edinho, o Mário (irmão dele), o Thiago (sobrinho), que em lágrimas, carregaram-no até a sala onde foi velado. Teve mais alguém,  que eu não me lembro,  mas o que me marcou foi o Thiago e Edinho na frente chorando;

• Um amiguinho da Ana Liz, que estudava com ela, o Miguel, foi com os pais ao velório,  quando chegaram, ele a abraçou e entregou um bichinho de pelúcia a ela. Ana Liz colocou o nome do bichinho de Vini;

• Uma amiguinha que estudou com a Ana Liz e saiu da escola, foi ao velório com a mãe.  Quando chegaram,  a Maria Clara veio até mim e me deu um abraço forte, sem falar nada, mas com muita sinceridade de criança.  Depois foi até a Ana Liz e as duas se abraçaram e choraram;

• A Hadassa, uma amiguinha da Ana Liz,  passou pela mesma situação,  perdeu o irmão especial, foi ao velório e entregou uma cartinha p/ ela, com palavras de amor;

• A Romilda, que é um anjo na nossa vida, quando chegou ao velório,  abraçou-nos e chorou muito, tremendo, emocionada. Ela velou o meu filho a madrugada inteira,  não se retirou em nenhum momento e foi conosco ao sepultamento;

• Já no cemitério,  o funcionário da funerária abriu o carro e perguntou quem queria levar o caixão,  então,  Edinho e seus irmãos Mário e Vadinho, nossos sobrinhos Thiago e Cleverson em lágrimas levaram até o lugar que seria sepultado;

• Quando colocaram o caixão e começaram a jogar terra, o desespero foi grande.  Eu chorei muito, chamando pelo meu filho. Minha cunhada Joana me abraçou e chorou comigo. Depois, Eu, Edinho e Ana Liz ficamos abraçados chorando.

Está muito difícil seguir sem meu Reizinho. Não há um dia em que eu não pense nele. A saudade é muito grande, acho que isso é o que mais dói.  Eu fecho os olhos e me imagino o abraçando.  Chego a sentir o cheiro dele,  sua pele macia e branquinha. 

Ana Liz se queixa de saudades também.  Ela me abraça, chora e diz que queria poder dar um abraço nele.

Que o Senhor nos ajude a viver essa situação!

4 comentários:

  1. Anônimo21:49

    🥲🥲🥲

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  2. Anônimo10:41

    Enviando muito amor para vcs.

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  3. Anônimo12:45

    No meio de tanta dor Deus mandou seus anjos através de seus vizinhos para lhes amparar. Amigos para ficarem juntos até o último momento. E oque dizer do carinho das colegas da sua filha

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  4. Anônimo22:43

    Cris, acompanho seu blog há muitos anos, desde bem antes da Ana Liz nascer, fiquei muito triste ao vir aqui hoje e me deparar com a partida do Vini. Desejo a todos vcs muita força, vc foi a mãe mais espetacular que já vi e o Vini imensamente privilegiado de ter nascido nessa família. Tenho certeza que ele os escolheria mesmo sabendo que teria de passar tudo novamente.
    Chorei lendo seus últimos posts, eu também perdi meu irmão, no caso dele foi câncer e, longe de mim comparar a minha dor com a de uma mãe, mas consigo entender perfeitamente o sentimento de deixar partir - e até clamar por isso - por não suportarmos ver quem amamos presos, reféns de uma doença sem cura. A partida é um misto de sentimentos muito grande, muita dor, mas também alívio. O luto vem de verdade mesmo no dia a dia, ao pegar o copinho, como vc citou... A saudade é um vazio cheio de tudo.
    Mas Vini está livre e feliz, combateu o bom combate.
    Sinta-se abraçada.

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